Por uma questão de confiança… neste caso falta dela.

Após o jogo com o Roios, dirigia-me em direcção aos balneários quando fui educadamente cumprimentado por um atleta da equipa adversária, por sinal bom jogador.
Estivemos alguns minutos na “cavaqueira” e naturalmente falamos do jogo, falou-me mais concretamente das bolas que os meus atletas acertaram nos postes…
Dizia ele que éramos, com toda a certeza, das equipas com mais remates ao travessão…e tem razão.
Azar?
Não só, julgo que parte desses remates são feitos com elevada ansiedade, com uma vontade tremenda de inverter a má classificação, com o intuito de fazer mais e melhor e por vezes esses factos trazem consequências adversas.
Os maus resultados iniciais ditaram o percurso da nossa equipa, uma equipa jovem e com pouca experiência nestas andanças, sentiu em demasia, jogo após jogo, a responsabilidade de fazer melhor.
Mesmo assim, a todos os que com grandes sacrifícios em função das suas profissões e, naturalmente, no limite das suas capacidades físicas (principalmente nos segundos jogos da semana, não é pessoal?) que sempre estiveram presentes e, tenho a certeza, continuarão a estar até à última jornada, uma mensagem de elogios, apreço e estima por sentirem de uma forma muito especial a “alma da sua aldeia”, assim se diferencia os bons dos medíocres.
Para aqueles que, por variadíssimas razões, optaram por não comparecer e desistir da prova, reflictam e abstenham-se de criticas desenquadradas que não favorecem as nossas gentes.
Podemos não ter os índices de confiança em alta, não nos apresentamos nas condições pretendidas, contudo, tenho imenso orgulho neste grupo e é com eles que me sinto cada vez mais Santacombense.
Estamos a aprender com os nossos próprios erros.

Artur Silva